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CNC eleva projeção para o varejo em 2017

Por Jeniffer Oliveira - 26 de Julho 2017
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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 1,2% para 1,6% a projeção de crescimento no volume de vendas do varejo ampliado em 2017. A entidade elevou a estimativa a despeito da queda registrada em julho na confiança do empresário. Segundo a economista da CNC, Izis Ferreira, mesmo com o cenário turbulento na política, a intenção de consumo das famílias tem se recuperado, ainda que lentamente, devido à queda da inflação e dos juros.

 

A especialista não descartou a possibilidade de revisar para cima novamente a estimativa. Ela admitiu que a continuidade de incertezas no cenário político levou a um recuo de 0,9% no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) entre junho e julho, para 101,5 pontos, anunciado pela CNC. Na comparação com julho de 2016, contudo, o indicador subiu 16,7%. “O indicador continua acima de 100 pontos, o que revela que os comerciantes continuam otimistas”, concluiu.

 

No Icec, de junho para julho, houve aumentos nos tópicos condições atuais (0,2%); e expectativas (1,1%). Em contrapartida, houve recuo de 1,2% nas expectativas de investimentos, no mesmo período. Os empresários estariam receosos em investir devido ao quadro político desfavorável, informou Izis. Ante julho do ano passado, todos os tópicos mostraram aumento, como em condições atuais (67,7%), expectativas (4,9%) e investimentos (9,7%).

 

Izis explicou que, em maio deste ano, o comércio varejista sinalizou desempenho melhor, devido à continuidade de influência do saque do FGTS inativo pelo consumidor, e redução no custo de crédito, em razão de juros menores, o que estimulou compras.

 

No mercado de trabalho, há indícios de quadro menos desfavorável, notou. A especialista lembrou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em maio, foram 1.242.433 contratações e 1.208.180 demissões, com abertura de 34.253 vagas no mês. O resultado foi o melhor para o mês desde 2014, quando houve a criação de 58.836 vagas.

 

A especialista afirma que é preciso esperar para ver se a perspectiva de alta nas vendas do comércio varejista ampliado poderia mudar, devido às recentes notícias de aumento das alíquotas de PIS/Cofins que incidem sobre combustíveis. “Ainda que haja este custo para o comerciante que vai ser repassado, pode ser que seja compensado”, disse Izis, lembrando que há informações de redução na cotação do petróleo, que poderiam ajudar a diminuir preços de derivados no mercado interno.

 

Com informações do Valor Econômico

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