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Paralisação em fábricas de Ubá

Por Daniela Maccio - 18 de Abril 2017
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Na última segunda-feira (17), trabalhadores das fábricas de estofados Ferrari e Silmag, em Ubá, paralisaram as atividades e fizeram uma manifestação. Os funcionários reclamam da falta de reajuste salarial e de pagamentos atrasados. De acordo com o Sindicato de Marceneiros de Ubá, os trabalhadores não tiveram o salário reajustado com a inflação e o último reajuste era para ter sido ocorrido em setembro de 2016. O sindicato ainda informou que uma das empresas está atrasando o pagamento dos funcionários.

 

Em nota, o Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá (Intersind) se manifestou sobre o caso. Veja abaixo:

O Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá -  Intersind, acerca das negociações referentes a convenção coletiva da categoria 2016/2017, esclarece que nas negociações vigentes, já foi oferecido pelas empresas, como índice de reajuste, a aplicação do percentual de 8%, conforme definido em assembleia das empresas para este fim. Proposta já do conhecimento do sindicato laboral, tendo sido comunicado ao mesmo, através de ofício pertinente.

 

Neste sentido, sugerimos a todas as indústrias que procedessem aos trabalhadores a antecipação do referido índice oferecido, até a concretização das negociações. Salientamos que, apesar da oposição do sindicato laboral, quanto ao índice acima citado e já oferecido anteriormente, todo o esforço continua sendo realizado pelo Intersind para que as negociações se concretizem. Importante registrar que a instauração de dissídio coletivo em questão, se deu, exclusivamente, por interesse e vontade do sindicato laboral. Isso, desde o início, no mês de outubro de 2016, quando ofertamos 3% em outubro, mais 2% em janeiro e mais 3% em março, ambos valores a serem calculados sobre o salário vigente em agosto de 2015. 


Entendemos que o melhor caminho, neste momento de enfrentamento da crise, é a busca de uma negociação justa, assim, além de garantir um reajuste adequado a atual situação da economia brasileira, será possível garantir também a manutenção dos postos de trabalho e de milhares de empregos ao cidadão ubaense.  Esta foi e sempre será a nossa luta. Continuamos trabalhando para buscarmos a melhor negociação para a recuperação das atividades e dos empregos perdidos, colocando-nos à disposição do sindicato dos trabalhadores para este fim.

 

Atualização:

Na quarta-feira (19), a Estofados Ferrari se posicionou sobre a paralisação por meio de nota enviada à imprensa. Segundo o comunicado, em seus 23 anos de atuação no mercado, a empresa "sempre honrou seus compromissos com rigorosa pontualidade, em especial àqueles inerentes as relações trabalhistas e sociais para com seus colaboradores, pagando salários acima da média do mercado, sempre em dia, e recolhendo encargos (FGTS, INSS, IRRF, contribuições sindicais) sempre em seus vencimentos e em valores legalmente determinados".

 

No que diz respeito à questão do reajuste salarial em decorrência da CCT/2016, a Ferrari informa que "as negociações estão sendo conduzidas pelo Intersind, de forma transparente, através de parâmetros econômicos do setor e com o devido respeito reservado a todos os envolvidos na negociação". Ainda de acordo com a nota, a empresa, que emprega atualmente cerca de 400 colaboradores em seus estabelecimentos, afirma que, "além do respeito as instituições jurídicas que norteiam as suas relações trabalhistas e sociais, cultiva e continuará cultivando um imenso respeito aos seus colaboradores, reconhecidamente importantes para construção e manutenção de seu sucesso empreendedor". Confira a nota na íntegra, na galeria de imagens.

 

A outra empresa envolvida no caso ainda não se pronunciou por meio de comunicado. 

 

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