IMG-LOGO

Dow deveria desistir de antidumping, para o bem de seus clientes

Por Natalia Concentino - 18 de Junho 2025

Na edição de hoje do Cá Entre Nós, Ari Bruno Lorandi faz uma pausa na homenagem aos ícones imortais para tratar de um assunto urgente: o antidumping na importação de poliol. “Qual o objetivo da Dow, gigante do setor petroquímico mundial ao pedir ação protetiva sobre concorrentes?”, questiona.

 

“Aplicar medidas antidumping em um cenário econômico global desafiador pode gerar distorções no mercado interno, premiando empresas que não estão competitivas e penalizando fabricantes e consumidores que hoje dependem de preços mais baixos de insumos para sobreviver.

 

Vale lembrar que o processo de investigação iniciou em 2023 uma época diametralmente oposta ao que acontece hoje no cenário econômico mundial. Portanto, é bom observar a Mudança na geopolítica global e o fato de que hoje os preços internacionais estão pressionados por excesso de oferta e baixa demanda (efeitos da desaceleração econômica mundial). Isso leva a práticas comerciais de preços mais agressivos — nem sempre caracterizando dumping intencional, mas sim uma estratégia de sobrevivência em mercados saturados”, em seguida, Lorandi apresenta alguns pontos importantes que justificam seu ponto de vista.

 

NOTÍCIAS

 

Ásia envia advertências sobre o futuro do varejo

 

A Ásia não está apenas apontando caminhos — está liderando a transformação. Em um mercado marcado por agilidade, inovação e com consumidores cada vez mais exigentes, os varejistas de todo o mundo precisam acompanhar o ritmo acelerado dos asiáticos.

 

NRF Asia Pacific 2025, realizada no início de junho em Singapura, alerta que o varejo está se transformando em mídia, relacionamento e entretenimento e os negócios precisam se adaptar a isso de forma mais rápida. Não há fórmula única: Inovação é entender o cliente e entregar o que ele valoriza, com verdade. A seguir, algumas recomendações.

 

A loja física, se antes era apenas ponto de venda, agora é palco, vitrine viva e canal estratégico de engajamento.

 

A IA deixou de ser tendência futura e se tornou motor do presente. Em síntese: tecnologia só gera valor quando vem acompanhada de estratégia, dados e cultura digital.

 

O vídeo assumiu o trono do conteúdo no varejo. Nove 9 em cada 10 consumidores no Sudeste Asiático assistem a vídeos antes de comprar. Conteúdo é o novo marketing de tráfego na loja.

 

A nova lógica do varejo é simples: cada ação precisa gerar resultado. Seja no digital ou no físico, o que não converte, não deve permanecer. O consumidor está mais exigente e busca valor real. Reforçando: atrair não basta — é preciso converter.

 

A combinação entre canais físicos e digitais é o novo padrão. De forma sucinta: a tecnologia serve para encurtar distâncias, personalizar o atendimento e transformar a loja em ponto de relacionamento — e não apenas de transação.

 

leia: Antidumping no Poliol: Alto risco de distorção grave no mercado

 

Volume de venda de móveis recua no varejo pelo 3º mês seguido

 

Entre janeiro e abril, segundo a pesquisa mensal de comercio do IBGE, apenas no primeiro mês do ano o volume de venda de móveis registrou alta (0,8%) na comparação com igual mês do ano anterior. Em fevereiro ocorreu a primeira queda com -1,1%. No mês seguinte o recuo se acentuou com -3,0% e voltou a apresentar queda mais acentuada em abril com -6,3%, sempre em relação ao mesmo mês de 2024.

 

Em abril as maiores queda foram verificadas em São Paulo e Distrito Federal, ambos com -30,0%. Dos 12 estados pesquisados pelo IBGE, em apenas quatro o volume de venda de móveis foi positivo. Pernambuco, com 6,8%, Rio de Janeiro 6,7%, Espírito Santo com 6,1% e Santa Catarina, com 3,0%.

 

Uma análise mais aprofundada recomenda também a avaliação do comportamento da receita nominal de vendas, e nesta variável, os resultados são positivos. Nos primeiros quatro meses do ano, enquanto o volume recuou 2,4%, a receita aumentou 0,2%. Isso mostra que há uma recuperação dos preços no varejo como mostra o IPCA. De janeiro a abril a elevação deste índice chegou a 1,17% com pico de 3,82 para o segmento de colchão.

 

A variação nos 12 meses encerrados em abril mostra aumento de 4,4% em volume e 6,1% em receita nominal.

 

Clique no player acima para assistir ao 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra.

Comentários