IMG-LOGO

O futuro da sua empresa não é o produto, é o serviço, é a solução

Por Natalia Concentino - 25 de Novembro 2025

Na edição dessa semana do 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi, o apresentador traz ao Cá Entre Nós um tema de total interesse ao varejista de móveis, o que Lorandi chama de servitização. E ela serve de orientação também para o fabricante, ao criar um móvel e oferecer novas possibilidades de argumentação para o lojista.

 

Lorandi diz que o cenário da venda de móveis mudou drasticamente e que agora não se trata apenas de comercializar móveis e falar sobre a madeira, o tecido ou o preço. “O crescimento dos Serviços no PIB global saiu de 61% no ano 2000 e hoje ultrapassa os 71%. Este crescimento é a prova matemática de que o mundo não valoriza mais apenas o objeto, o produto físico, mas sim a relação, a solução e a experiência que vem com ele. Sua loja de móveis precisa estar nesta curva ascendente, vendendo soluções, e não apenas madeira e tecido”, justifica.

 

Tudo isso faz com que a Servitização do Varejo seja tratada como algo importante. “O produto, o móvel em si, está virando commodity no digital. A sua sobrevivência, meu caro lojista, está em vender algo que não cabe na caixa”, avisa Lorandi. E para provar seu ponto de vista, o apresentador usa uma analogia feita pelo economista Theodore Levitt, que dizia: "Ninguém quer uma furadeira de ¼ de polegada. As pessoas querem um furo perfeito de ¼ de polegada."

 

“O varejo moveleiro tradicional é aquele que vende a furadeira. Ele foca nas especificações técnicas: “Este é um móvel de MDF, com pistão hidráulico e cinco anos de garantia”. O cliente compra, leva para casa, e ainda tem o problema: “Como eu monto este móvel? Ele combina com o ambiente? O que eu faço daqui a cinco anos quando o meu gosto mudar?”

 

Servitização é o varejo que vende o furo perfeito.

 

“O móvel, o produto físico, vira apenas a porta de entrada para uma relação contínua e lucrativa. Você para de vender um sofá e passa a vender conforto, lifestyle e customização recorrente. Você não vende uma cama, mas uma solução de sono completa”, comenta o apresentador que, em seguida, deixa alguns exemplos de soluções para o varejo.

 

Confira o comentário completo no player acima.

 

leia: Tarifaço de Trump pode voltar em forma de reembolso

 

NOTÍCIAS

 

A nova regra do jogo: não é desconto, é valor duradouro

 

O consumidor de móveis de alto padrão mudou, e a regra do jogo não é mais o desconto. É o valor duradouro.

 

A incerteza econômica tornou este público mais analítico e seletivo. Eles não compram por impulso, mas por convicção. Por isso, a marca que vence não é a que anuncia "50% off", mas a que oferece confiança e significado.

 

Portanto, a estratégia deve focar nisso:

 

  1. Venda durabilidade, design atemporal e a história por trás do produto. O preço deve ser consequência do valor, e não o foco principal.
  2. O consumidor quer adiar a compra. Sua marca precisa agir agora. Use a comunicação para gerar confiança e urgência inteligente, como garantir a entrega segura antes de datas importantes.
  3. Transforme a entrega em uma promessa de marca. A confiança na logística faz o cliente decidir mais rápido.
  4. Posicione o seu staff como a voz do mercado. Quando a marca mostra que entende o futuro do setor, ela se torna referência de credibilidade.

 

Senai mostra que interesse por cursos diminuiu

 

No programa anterior perguntamos qual a participação do Senai na formação de mão de obra qualificada para a indústria de móveis. E a resposta traz mais preocupação: O número de matrículas, que vinha subindo vertiginosamente entre 2020 (ano da pandemia de Covid) até 2022, recuou nos dois anos seguintes. 

 

A informação do Senai reforça a ideia de que os jovens estão pouco interessados em trabalhar nas indústrias de madeira e móveis.

 

Um movimento ou apenas casos isolados?

 

Nos últimos dias duas notícias no portal Móveis e Valor trouxe uma questão: O fechamento de quase 30 lojas taQi, do grupo Herval, e o deferimento da Recuperação Judicial do Grupo Americanflex. No primeiro caso trata-se da continuação do enxugamento do número de lojas em diversas cidades gaúchas, principalmente no litoral, onde o movimento é baixo fora do verão. No segundo caso, a RJ alcança cinco empresas do grupo que, recentemente, perdeu seu fundador, o saudoso Jhonny Jardini. Parecem ser casos isolados, movimentos de ajuste necessários em ambas as situações.

 

Assista à edição de número 90 do 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi no player acima.

Comentários