Escrevo esse editorial a bordo de um voo da Latam na quarta viagem do mês. Sim, esta é a rotina frenética de quem busca acompanhar pessoalmente os eventos mais importantes do setor para repassar a você, leitor, o que de mais importante acontece no setor. Mas, vamos combinar que temos eventos demais e soluções de menos... Enfim, vamos o assunto a esta edição.
Na MV de agosto você confere como foi a Fimma Brasil, em Bento Gonçalves. O evento, que tem tradição no lançamento de tecnologia e materiais para a fabricação de móveis e colchões, atendeu a expectativa da maioria dos visitantes e expositores, conforme relatos à nossa equipe. O movimento maior, como sempre, foi no pavilhão das máquinas, que contou com muita tecnologia, especialmente chinesa, e diversas opções de automação das plantas industriais.
Sobre investimento em equipamentos, Ari Bruno Lorandi destaca, no Cá Entre Nós, que por vezes os empresários investem em carros de Fórmula 1 para andar a 40 por hora, fazendo uma analogia com a baixa produtividade e subutilização do parque fabril brasileiro.
Já o tema da automação foi amplamente tratado na editoria MV Observatório, que mergulhou no universo da evolução industrial até a Indústria 4.0. Apesar de sofrer resistência dos tomadores de decisão e da falta de mão de obra qualificada, o conceito de manufatura avançada, proposta pelo conceito 4.0, pode fornecer maior autonomia ao setor, com a utilização de recursos como Big Data, IoT, IA e customização em massa.
No Encontro das Indústrias de Colchões, promovido pela Abicol, em Brasília, a IA também foi abordada, junto com outros temas como regulamentação e caminhos para equalizar os altos custos de produção. Nos bastidores, o antidumping de poliol e outros que poderão vir trazendo aumentos de preços das matérias primas, tomaram conta das conversas. E a cobertura completa deste evento você confere em um caderno com 24 páginas.
Na editoria de Economia mostramos que os móveis vêm sendo esquecidos pelas políticas industriais dos governos. E isso fica evidente no levantamento mostrando que nas últimas nove décadas diversos governos elegeram setores estratégicos e ofereceram subsídios e incentivos fiscais. Mas os móveis permaneceram invisíveis, esquecidos por todos eles.
Outra reportagem nesta mesma editoria mostra que a Abimóvel ouviu os empresários e cancelou uma missão aos EUA, como consequência do tarifaço de Trump. Por enquanto o mercado americano se tornou inviável.
A editoria de Varejo revela que as lojas de rua continuam muito importantes para o varejo em geral, respondendo por 70% das vendas. Mas o conceito de omnicanalidade já está pautando o futuro do varejo
Esta edição traz mais um case de sucessão familiar. Desta vez, contamos a história de Vitor Guidini, diretor da Cimol Móveis, de Linhares (ES), que segue à risca os ensinamentos do pai, Adelmise, e os valiosos conselhos da tia Anair, fundadores da empresa para ser O Sucessor.
Aproveite estes e outros conteúdos preparados com cuidado para informar, inspirar e transformar o setor.