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Varejo deve crescer somente no fim do ano

Por Daniela Maccio - 21 de Março 2017
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Especialistas do Programa de Administração de Varejo da FIA (PROVAR) acreditam que o crescimento das vendas no varejo deve ser retomado somente a partir de dezembro deste ano.

 

A estimativa tem base em um relatório divulgado pelo Banco Central no início de fevereiro, que prevê baixa na taxa Selic de 9,75% para 9,50% ao ano até o fim de 2017. Para a inflação, a previsão também é de redução significativa nos próximos meses, encerrando o ano abaixo de 10%. As quedas, porém, ainda não podem ser sentidas pelo consumidor. "A queda da inflação facilita a recuperação da renda real, o que estimula, por si só, o consumo. Isso especialmente porque notamos uma redução expressiva dos preços em setores de importância, como o de alimentos. Isso beneficia pessoas com menor poder aquisitivo.

 

O ano de 2017 será mais positivo do que 2016 para o varejo brasileiro. No entanto, será uma pequena melhora, ou seja, uma evolução lenta e gradativa, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do conselho do PROVAR.

 

Com a baixa dos juros e inflação, a perspectiva para 2018 é mais otimista, mas o especialista alerta: as condições presentes denotam que antes de melhorar, a situação ainda deve piorar um pouco. “O problema maior é que nos acostumamos a uma situação irreal, ou seja, um crescimento do consumo anabolizado”, afirma o Presidente do Conselho do PROVAR. "A recuperação da economia e, por consequência, do varejo, virá gradativamente e por meio da retomada dos investimentos. A expansão do consumo mais significativa virá posteriormente. Porém, isto leva tempo", finaliza Felisoni.

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