As pessoas compram menos móveis e pior, se compram gastam menos
A edição dessa semana do Cá Entre Nós aborda mais um assunto importante: as pessoas estão comprando menos móveis e quando compram preferem produtos de menor valor. Ari Bruno Lorandi traz dados que comparam o IPCA de dezembro do ano 2000 e dezembro de 2024 para mostrar que há uma defasagem de quase 83% no IPCA dos móveis se comparado ao geral nesse período de 25 anos.
Em 2000, segundo o estudo de consumo das famílias do IPC Marketing, o gasto com móveis alcançava 2% sobre o total de consumo das famílias. Em 2024 fechou em 1,48%. Conclusão lógica, as pessoas estão comprando menos móveis e pagando menos pelo que compram.
Lorandi questiona: “E por que isso vem acontecendo ao longo de duas décadas e meia? Do ponto de vista racional poderíamos afirmar que é devido a uma combinação de fatores econômicos e mudanças no comportamento do consumidor”. Um recorte do varejo de móveis nos últimos 10 anos mostra queda no volume de vendas de 25,8%. Então, o apresentador cita uma série de fatores que influenciam diretamente nesse comportamento, como Crise Econômica e Inflação; Juros Altos e Dificuldade de Crédito; Priorização de Outros Gastos; Mudança no Estilo de Vida e Moradia.
“A decisão de comprar menos móveis e optar por produtos de menor valor é multifacetada, e teoricamente impulsionada por fatores econômicos que restringem o poder de compra e por mudanças no comportamento do consumidor em relação à moradia e ao consumo.
Mas, outra questão muito importante se impõe: O que a indústria de móveis fez nestes 25 anos para estimular a compra de móveis e tornar os móveis mais atrativos para competir com outras opções de gastos das famílias?”, o apresentador faz mais um questionamento.
Para assistir ao comentário completo do Cá Entre Nós basta assistir ao vídeo acima.
NOTÍCIAS
Móveis puxa vendas do varejo em março
O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian registrou crescimento de 0,1% em março quando comparado ao mês anterior. Essa alta foi puxada pelo setor de móveis, que apresentou crescimento de 1,3% no período.
No comparativo entre março deste ano e o mesmo mês de 2024, o crescimento da atividade do comércio físico foi de 4,9%.
Nesse cenário, o setor de móveis contribuiu com a alta, registrando expansão de 4,2%.
A novela Dubrule Mobly baixou o nível
A família Dubrule quer retomar o controle da Tok&Stok e a Mobly alega negociação às escondidas com outros acionistas para se garantir a compra de ações na Oferta Pública de Aquisição.
A Mobly afirma ter encontrado indícios de atuação coordenada entre os membros da família Dubrule e o Grupo XXXLutz, empresa alemã controladora da home24, que detém 44,3% das ações da Mobly.
A família Dubrule nega qualquer acordo com acionistas da empresa de móveis ou outras pessoas vinculadas para comprar ações do Grupo Toky de forma irregular.
11 anos de Ibá e pouco sobre o setor de painéis de madeira
Há 11 anos, a Ibá nasceu para representar a força da indústria de árvores cultivadas e empresas de restauração e silvicultura de nativas, reunindo os segmentos de papel, celulose, embalagens, painéis de madeira, energia, bioprodutos e a cadeia de fornecedores. É tanto segmento representado que desde então poucas informações são divulgadas sobre a indústria de painéis de madeira.
O segredo do sucesso é vender móveis
Renato Franklin, CEO da Casas Bahia, afirmou recentemente que “no segundo semestre de 2024, tivemos um impulso, principalmente na linha branca e móveis, que nos ajudou. Agora o mercado anda um pouco de lado. Mas, como tem eleição no ano que vem, várias revisões de incentivos vão beneficiar nosso público consumidor”.
E sobre modelo de venda, Franklin foi taxativo: “Todos os lados acreditam que o maior crescimento está na loja física e no crediário, então a gente precisa arrumar a estrutura de capital. Todo mundo quer lucro mais do que crescimento”.
Assista ao 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra pelo player acima.
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