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Rio Innovation Week 2025: sete tendências para o mercado

Revisado Natalia Concentino - 25 de Agosto 2025
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O futuro se constrói hoje. E, quem não acompanhar, de perto, as mudanças deste mercado cada vez mais digital e conectado, certamente perderá competitividade. O desafio, agora, é entender como cocriar estratégias inteligentes e assertivas rumo à prosperidade corporativa – resposta, essa, que foi amplamente discutida no Rio Innovation Week, maior conferência global de tecnologia e inovação.

 

Estamos em um cenário em que a inovação e a IA não são meros diferenciais competitivos, mas sim imperativos para a sobrevivência e crescimento dos negócios. Entre 2000 e 2023, como prova disso, dados do Índice Global de Inovação mostraram que o investimento global em P&D triplicou, passando de, aproximadamente, US$ 1 trilhão, para mais de US$ 2,75 trilhões em 2023.

 

Depois de tantos avanços, o que ainda podemos esperar nesse sentido? Separei abaixo alguns dos insights mais valiosos abordados por grandes nomes do ramo neste evento. Confira:

 

#1 Inovação e sustentabilidade: não há como questionar que precisamos cuidar melhor do nosso ecossistema. Mas, o que o mercado vem fazendo nesse sentido? Sebastian Vettel, tetracampeão mundial da Fórmula 1, trouxe esse tema em seu painel destinado à causa ambiental, mostrando como o automobilismo vem investindo em tecnologias que reduzam a emissão de gases poluentes, destacando, porém, a necessidade de mais ações favoráveis a essa preservação. Há espaço para muitas inovações positivas nesse controle, algo essencial para fomentar uma condução mais econômica e menos poluente para toda a sociedade.

 

#2 Poder emocional: “A IA é muito mais inteligente do que os seres humanos em muitas coisas, mas não domina o campo das emoções”. Essa frase, dita por Daniel Goleman, conhecido como o “pai” da inteligência emocional, em sua palestra no evento, destacou como a empatia, conexão e autenticidade ainda são palavras de ordem em um mercado altamente digital. Por mais que essa tecnologia continue evoluindo e sendo cada vez mais incorporada nas empresas, esse poder emocional também deve acompanhar esse ritmo, sendo uma habilidade definidora para o desempenho profissional e pessoal.

 

#3 IA em mudanças geopolíticas: a inteligência artificial também está redefinindo a forma como os conflitos são conduzidos e as relações de poder entre nações são estabelecidas. Diante deste panorama, Marcelo Gleiser, em seu painel, reforçou que notaremos mudanças delicadas e cruciais nessa dinâmica de poder, o que, consequentemente, também impactará as relações comerciais mundiais. As empresas devem se atentar a essa movimentação, para que saibam como se adaptar às novas realidades.

 

#4 Ética na IA: não há dúvidas de que a tecnologia vem mudando a relação entre as pessoas e as máquinas. Contudo, sem uma abordagem ética, esses recursos podem amplificar problemas sociais e criar riscos significativos para as empresas. Não podemos encarar os avanços digitais apenas com um viés positivo em termos de produtividade e desempenho, mas avaliar com um olhar crítico o quanto esses resultados conquistados estão dentro dessa abordagem, garantindo que a tecnologia sirva à sociedade de forma justa, segura e transparente.

 

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#5 Amortalidade: a tecnologia está possibilitando resolver problemas cada vez maiores, reduzindo os custos e tornando essas soluções acessíveis a todos. Na área da saúde, de acordo com o empresário Peter Diamandis, poderemos presenciar o surgimento de soluções capazes de elevar a humanidade e construir um amanhã melhor e mais abundante, curando doenças, duplicando o tempo de vida humana, educando e proporcionando uma excelente saúde ao mundo. Pode parecer utópico, mas já estamos caminhando nesse sentido. Segundo dados do Fortune Business Insights, a IA no mercado de saúde foi avaliada em US $ 29,01 bilhões em 2024, a qual pode abrir enormes caminhos para essas conquistas.

 

#6 ISO de Inovação e Lei do Bem: esses se tornaram dois pilares extremamente estratégicos para impulsionar a competitividade das empresas e tirar, definitivamente, as ideias do papel. Isso porque, segundo o painel de Alexandre Pierro, enquanto o primeiro fornece diretrizes dos melhores caminhos a serem seguidos para inovar, o segundo oferta incentivos fiscais às empresas que realizam investimentos em PD&I, fomentando ações constantes nesse sentido. Aquelas que queiram inovar mantendo bons retornos financeiros, certamente, devem manter esses pilares em seu radar.

 

#7 Computação Quântica: esse é um dos campos mais emergentes e promissores do mercado que, em breve, pode estar amplamente disponível nos computadores, de acordo com o especialista James Daniel Whitfield. A computação quântica pode acelerar tarefas extremamente complexas em minutos ou horas, a qual já está sendo testada para que se torne uma realidade benéfica às empresas.

 

Todas as discussões acima são um lembrete de que o futuro já começou e, muito mais do que apenas desenvolver tecnologias robustas, é urgente inovar com responsabilidade. Para prosperarem, as empresas precisam abraçar essas tendências não como um fim, mas como apoiadores para construir um futuro mais eficiente, sólido e próspero.

 

*Por Alexandre Pierro

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