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Tecnologia se torna fundamental para o varejo ouvir o consumidor

Revisado Natalia Concentino - 11 de Fevereiro 2024
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Imagem: Freepik

Se muito do que foi falado na NRF 2024, a maior feira de varejo do mundo, tinha o consumidor e todo o seu entorno como pano de fundo, no primeiro Connection Retail pós-NRF organizado pela Mercado&Consumo, não poderia ser diferente. E o consumidor entrou em debate nos pitchs de conteúdo do evento. Principalmente as novas gerações, que estão chegando com idealismo, busca de propósito e, como nativos digitais, abraçando de vez a tecnologia. Mas sem deixar de lado as gerações “de sempre”, é claro.

 

“Essa dinâmica geracional tem um grande impacto nas empresas e na tecnologia que está sendo proposta. Por que é importante mapear quem é o seu consumidor e personalizar a estratégia para ele? Porque hoje em um canal digital, por exemplo, você está vendendo para três gerações diferentes. E essas gerações se comunicam de maneiras diferentes. Mais do que a geração em si, é importante entender como ela vai se relacionar e consumir o seu produto”, revelou Mario Cereda, CEO da Cliqx, empresa de soluções digitais.

 

Se antes era o mercado com suas estratégias que conduzia o consumidor, hoje os papeis se inverteram e é o consumidor que puxa essa rédea. Mais do que nunca, chegou a hora de ouvir o cliente. E para ajudar neste tema, a tecnologia virou uma grande aliada.

 

“Com toda essa capacidade que temos atualmente de processamento e, principalmente, coleta de comportamento de consumo, no online ou no offline, cada vez mais conseguimos segmentar melhor as campanhas e ter uma cultura data driven mais estruturada nas empresas. Isso nos dá uma assertividade e um engajamento muito alto, conseguindo direcionar o público de acordo com as necessidades do negócio”, afirmou Rodrigo Dantas, CEO da Proteína Digital, consultoria de branding, performance e tecnologia.

 

“O consumidor brasileiro é exigente. Tivemos uma curva de aprendizado bem grande. Uma das coisas em que focamos bastante é no ‘errar rápido’. Os erros fizeram com que nos adaptássemos rápido para o gosto do consumidor brasileiro. Entendemos que temos que escutar o cliente, e não tentar impor algo que gostaríamos de fazer”, garantiu Bruno Nogueira, diretor da Duotone Kiteboarding Brasil, empresa de acessórios para a prática de kitesurf de origem alemã e atualmente cliente da Proteína Digital.

 

Outro ponto que está de certa maneira no início, mas já em alta aqui no Brasil, e que tem ajudado marcas a se conectarem e a entenderem o consumidor é o retail media. Elaine Dias, diretora de Marketing da The LED, empresa especializada em telões de led que podem ser usados em inúmeras funções (inclusive como canal de retail media), revelou que a tecnologia em conjunto com essa nova modalidade de mídia, pode trazer grandes aprendizados sobre o consumidor.

 

“A Inteligência Artificial traz a possibilidade de acoplar tecnologias que permitam que identifiquemos o perfil e o sentimento do cliente diante de uma comunicação ou uma exposição de produtos. Transformar tudo isso em dados para que consigamos ter uma comunicação mais assertiva com os clientes. A ponto de podermos personalizar campanhas para cada cliente”, afirmou a executiva.

 

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Geração problema?

 

Muito tem se falado sobre a geração Z e as dificuldades de lidar com ela, seja no mercado de trabalho ou pelo lado pessoal. “É uma geração focada no propósito. No que aquilo de fato traz. Não só para ela, mas para as pessoas que estão em conjunto naquele movimento. Temos que exercitar a paciência. Um tipo de paciência de execução. Eu tenho que me adaptar todo dia a uma nova ideia ou um novo pensamento. Eu tenho que abrir a minha cabeça, escutar o que as gerações estão falando e traduzir para o negócio”, projetou Odair Rodrigues, CEO da B4, bolsa de crédito de carbono.

 

Não adianta reclamar e confrontar. Afinal, o cliente sempre tem razão. Seja de que geração for. “Temos o grande desafio de entender como nos conectamos com as gerações, independentemente de qual ela seja. Nós temos público para todas elas. Nós temos mercado para todas elas. Temos que ter conexões verdadeiras que gerem fãs e não apenas clientes. Eles nos seguem pelo valor agregado. Isso serve para a relação como um todo. Indústria para o operador e operador para o consumidor final. Quanto mais verdadeiro você for, pode ter certeza de que terá o retorno. É essa verdade que nós temos que estabelecer com os clientes”, finalizou André Lopes, gerente de Trade Marketing da Nestlé Professional.

 

Fonte: Mercado&Consumo

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