IMG-LOGO

Virtualização ou Eventos Virtuais? Quem ganha essa batalha?

Por Natalia Concentino - 27 de Abril 2020
remote_team_building.png

Já estamos saindo da crise Covid 19? Difícil prever ou definir datas na minha opinião, mas com certeza podemos afirmar que o setor de eventos, junto com outros como aviação e hotelaria, estão entre os que sofrem os maiores impactos financeiros. Porém, mais importante que os impactos financeiros, tão óbvios e sensíveis na minha opinião, serão os impactos em relação aos hábitos das pessoas e das empresas. Neste quesito, estão minhas maiores preocupações neste momento. Vou tentar explicar.

Impacto de RH nas empresas organizadoras de eventos? Já estão acontecendo e devem continuar com demissões, reduções salariais e insegurança para os freelancers.

Impacto nas agendas? Cancelamentos e adiamentos estão por todos os lados. Segundo recente pesquisa da AMPRO (Associação de Marketing Profissional), 87% dos organizadores tiveram algum impacto. Ampliação das ações virtuais? Levanta a mão quem não participou de uma Live nas últimas semanas... A proporção antes da crise era 80/20 (80 presencial 20 virtual) e acho que existe a clara necessidade (oportunidade?) de reverter esta proporção para 20/80!

Mas humanos são gregários por excelência... Se não fossemos gregários viveríamos em cidades? Estamos vivendo uma forte onda de virtualização dos eventos ou só teremos eventos virtuais no futuro próximo? Este é o título deste artigo...Quem ganha? Quem perde?

Já existem várias ferramentas e oportunidades para, cada vez mais, virtualizar os eventos, sejam eles corporativos ou de entretenimento. Agora estamos “aprendendo” ou utilizando por causa da situação relacionada a crise. Mas, após a retomada das nossas vidas normais quais serão os impactos nos hábitos das pessoas? Será que aquela viagem internacional a trabalho será mesmo necessária? Reuniões infindáveis e intermináveis vão continuar a imperar no mundo corporativo? Pessoas vão se sentir “seguras” novamente em participar de feiras de negócios? Marcas vão querer gerar “aglomerações” e serem responsáveis pelas consequências?

Tenho plena convicção de que os hábitos das pessoas vão evoluir após este momento de crise. Hábitos de higiene com certeza. Hábitos de relacionamento pessoal também.

Hábitos de relacionamento profissional? Trocar cartões? Visitar um cliente? Tudo isso vai evoluir de forma positiva, mas não vão matar os hábitos do passado. Por acaso alguém se lembra do Second Life? Participou de algum evento lá? 

A correta utilização dos 5 sentidos a favor das marcas é uma das mais poderosas ferramentas de marketing e não deverá sofrer impactos após esta grave crise, na minha humilde opinião.

As marcas e seus gestores devem ter o cuidado de gerenciar o “painel de controle” de acordo com a situação... mais ações virtuais quando necessário... mais ações presenciais quando for preciso criar conexões emocionais. O mundo virtual não é mainstream ainda e não creio que um dia será a regra única existente. Eu adorava “Jornada nas Estrelas” e quando a equipe pedia “Beam me up spock!” acontecia a “mágica” do teletransporte... mas daí eu ficava pensando...Ué se eles podem ser tele transportados porque estão viajando em uma nave e não voltam para a terra?  Complicado não é? 

 

Comentários