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A partir de agora, o preço dos colchões vai depender da Dow

Por Natalia Concentino - 09 de Julho 2025

O Cá Entre Nós dessa semana aborda um assunto polêmico: a sobretaxa antidumping sobre a importação de poliol. Ari Bruno Lorandi traz, mais uma vez, esse tema por conta da decisão tomada pelo governo federal, que não agradou os fabricantes de colchão e a entidade que os representa, a Abicol (Associação Brasileira da Indústria de Colchões). Segundo o apresentador, o governo federal jogou contra a indústria nacional de colchões.

 

Lorandi afirma que o governo ignorou completamente a realidade da economia mundial, deixando a indústria brasileira em desvantagem, competindo com colchões produzidos em países vizinhos que continuam comprando poliol sem sobretaxa.

 

“E isso tem impacto direto no bolso do consumidor. A alta no preço final dos colchões pode chegar a 35%. Isso mesmo: trinta e cinco por cento, dependendo da composição de espuma de cada modelo”, se mostra indignado o apresentador, lembrando que a indústria nacional não é só o fornecedor de matéria-prima, mas é também todo uma cadeia produtiva composta por fábricas, empregos, transportadoras e lojas.

 

Lorandi, inclusive, destaca que o único produtor de poliol no Brasil é a Dow, uma empresa estrangeira que, aliás, em 2012, fechou uma planta de TDI na Bahia e desinvestiu no país. “Durante o processo de investigação do dumping — que durou dois anos! — a Dow não comprovou que consegue atender sozinha a demanda do setor de espumas no Brasil. E mesmo que tivesse capacidade instalada… hoje ela responde por só 40% do mercado”.

 

O comentário completo de Ari Bruno Lorandi sobre esse assunto polêmico você assiste no player acima. 

 

Entrevista

 

Ainda abordando o dumping do poliol, Lorandi faz uma entrevista com Adriana Pierini, diretora executiva da Abicol, em que faz questionamentos sobre o impacto da aplicação da taxa de dumping no preço dos colchões no Brasil. Além disso, Adriana também fala sobre uma pesquisa realizada pela Abicol com seus associados e as ações que devem ser tomadas para enfrentar essa nova realidade.

 

NOTÍCIAS

 

Pacote do governo fortalece a indústria moveleira de Santa Catarina 

 

As medidas para impulsionar o setor produtivo de Santa Catarina que integram o pacote de projetos anunciado pelo governo do estado são positivas para o desenvolvimento do estado e contribuem para a competitividade de SC, na avaliação da Federação das Indústrias de SC. Entre os 27 projetos que o governo já enviou à Alesc, dez trazem reflexos diretos na indústria. 

 

Entre os projetos que impactam a indústria, a FIESC destaca como positiva a renovação, até dezembro de 2028, do crédito presumido já concedido anteriormente para equiparar Santa Catarina à legislação do Paraná. Entre os setores impactados está a indústria moveleira.

 

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Indústria brasileira cresce em ritmo mais lento no último ano

 

O setor industrial brasileiro aumentou 1,7% sua representatividade na economia brasileira, com saldo positivo de cerca de 65 mil novas empresas entre abril de 2024 e abril de 2025. Atualmente, o País concentra cerca de 3,9 milhões de unidades industriais — sendo 1,9 milhão situada só na Região Sudeste. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há mais de 30 anos, com base em dados oficiais. Inclusive o Mapa do Mercado, do Instituto Impulso, é elaborado a partir de dados do IPC Maps.

 

Os maiores mercados industriais atualmente são, respectivamente, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

 

Exportações de Móveis no 1º semestre perdem feio para as importações

 

Segundo dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as exportações de móveis residenciais no 1º semestre de 2025 somaram 438,1 milhões de dólares enquanto as importações totalizaram 452,6 milhões no período. 

 

Na comparação com 224, as exportações subiram 6,1% e as importações 9,5%.

 

O déficit da balança comercial, que em 2024 foi de 191 mil dólares, subiu em 2025 para 14,1 milhões de dólares.

 

Confira o 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra clicando no player acima.

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