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Elas, ainda mais, no comando

Revisado Gabrielly Zem - 08 de Março 2022
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Foto: Reprodução Alô Alô Bahia

Atualmente, existem 30 milhões de mulheres empreendendo e fazendo a diferença no Brasil. Só de 2018 este número quase quadruplicou (na época, eram aproximadamente 8 milhões) e a tendência é que ele cresça cada vez mais.

 

O empreendedorismo feminino está presente em vários setores e são diversos os motivos que fazem as mulheres tomarem a frente dos negócios, o que torna cada trajetória uma história única.

 

Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil. Na pandemia, entretanto, essa categoria ficou ainda mais vasta.

 

Não à toa, as mulheres passaram a ser a aposta da mudança do networking em 2022: elas já são a maioria no segmento de empreendedores iniciantes, conforme aponta a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). Atualmente, 15,4% das mulheres possuem um negócio com até 3,5 anos, ao passo que os homens compreendem apenas 12,6% da amostragem.

 

 De acordo com o Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino, realizado pelo Sebrae, o Brasil já é o 7º país do mundo com mais mulheres empreendedoras. No entanto, mesmo com esse número crescendo cada ano mais, mulheres com cargos e tarefas iguais aos homens recebem remuneração cerca de 34% a menos. Esse levantamento feito pela agência de empregos Catho, em fevereiro de 2021, só demonstra uma desigualdade que persiste há anos, não só no Brasil, mas ao redor do mundo. 

 

Empreender traz novas oportunidades para as mulheres que hoje se dividem em jornadas duplas e batalham por reconhecimentos iguais! Por isso, continuar incentivando o empreendedorismo feminino é extremamente importante, tanto para nossa economia quanto para nossa sociedade. Ter o próprio negócio faz com que as mulheres conquistem independência financeira e impactem o desenvolvimento econômico do país.

 

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Mulheres empresárias e donas de negócio

 

Qual a diferença? As mulheres empresárias trabalham como Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Já as donas de negócio são mulheres que estão à frente do ramo formal ou informal, como empregadora ou por conta própria.

 

Toda mulher pode e deve empreender! Mas empreender vai além de possuir um negócio. Veja abaixo algumas das características comuns entre as mulheres empreendedoras de sucesso:

 

  • Criatividade
  • Planejamento
  • Autoconfiança
  • Coragem
  • Persistência
  • Resiliência.

 

Agora que você já sabe quais pontos importantes a desenvolver, conheça a história de Luiza Helena Trajano, empresária que marcou o percurso do setor varejista no Brasil e que hoje inspira homens e mulheres com desejo de empreender!

 

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Luiza Helena Trajano

 

A ex-presidente do Magazine Luiza começou a vida profissional ainda criança, aos 12 anos: na época, ela renunciou a suas férias escolares para auxiliar como balconista na loja dos tios, chamada Cristaleira – um pequeno comércio que vendia lembrancinhas.

 

Para escolher um novo nome para o estabelecimento, a tia de Luiza criou um concurso na rádio para que os moradores de Franca pudessem opinar. 

 

Devido a isso, a Cristaleira foi rebatizada para Magazine Luiza – em homenagem a dona, a tia de Luiza Helena, que tinha o mesmo nome. Ao completar 18 anos de idade, Luiza Helena começou a trabalhar de maneira efetiva no comércio da família. Formada em direito pela Faculdade de Direito de Franca, ela atuou em diversos setores do Magazine Luiza, como o de venda e o de cobrança.

 

O início para alcançar o posto mais alto da empresa veio em 1991, quando sua tia lhe avisou que estava na hora de ela assumir os negócios. Em 1992, ela começou a modernizar a empresa através de uma série de inovações. Com a ajuda de um vendedor, o cliente ia até uma unidade do Magazine Luiza e, pelo computador, comprava mercadorias que não estavam expostas. A ação recebeu o nome de Lojas Virtuais.

 

O Magazine Luiza atuou como empresa do varejo por décadas, sempre possuindo destaque em sua atuação. No entanto, foi em 2009 que Luiza Trajano decidiu convidar o executivo Marcel Silva para auxiliar na gestão da empresa. A partir de então, uma série de medidas foram tomadas. A operação foi trabalhada para que Frederico Trajano pudesse assumir como CEO da empresa após a reestruturação dos negócios.

 

Em 2011, o Magazine Luiza abriu capital na bolsa de valores do Brasil e apresentou um crescimento extremamente relevante nos anos seguintes. Já em 2012, foi criado o LuizaLabs, um laboratório de tecnologia e inovação voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias. Entre suas inovações, destaca-se a criação do Magazine Você, site onde qualquer pessoa pode criar uma loja virtual e ganhar uma comissão em cima dos produtos. A razão de tamanho crescimento foi a transformação da varejista tradicional em um e-commerce, vendendo seus produtos, tanto no site da companhia quanto em um aplicativo próprio. Assim, a companhia permite que outras empresas anunciem seus produtos através de seu marketplace, fato que tem a colocado entre os principais players dentro do varejo no Brasil.

 

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Atualmente, o Magalu possui diversos serviços financeiros, como o LuizaSeg (venda de seguros), o LuizaCred (serviços financeiros) e Consórcio Luiza (venda de consórcios).

 

A empresa também iniciou uma política de aquisições bastante relevante, comprando empresas como a Netshoes (e-commerce de artigos esportivos), Zattini (e-commerce de roupas), LogBee (aplicativo de entregas), Época Cosméticos (perfumaria e cosméticos), Estante Virtual (loja online de livros usados), Jovem Nerd (portal de conteúdo geek) além de outras startups e redes locais de varejo.

 

Não é só no lucro e nas operações que a empresa se destaca: Magazine Luiza tem, entre seus programas para funcionários, uma iniciativa inovadora: um disk denúncia para que as trabalhadoras denunciem, caso sejam vítimas de violência doméstica. Ações como essas e outras, voltadas para o bem-estar de seus funcionários, renderam à gigante do varejo citações nas listas de melhores empresas para trabalhar, da revista Exame.

 

E enquanto a empresa cresce, Luiza Helena, que há alguns anos se afastou da gestão do negócio, segue viajando o Brasil e o mundo para fazer palestras e contar a sua história de sucesso, inspirando mais mulheres a embarcarem na jornada de empreender. 

 

(Com informações dos sites PagSeguro, Suno e Consumidor Moderno)

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