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Setor paga o preço da falta de representação política

Por Natalia Concentino - 03 de Setembro 2025

No comentário Cá Entre Nós dessa semana, Ari Bruno Lorandi, faz uma análise crítica sobre as consequências da falta de representatividade política no setor moveleiro nacional. “Nunca tivemos uma frente parlamentar, nunca elegemos deputados ou senadores do setor. Nunca existiu uma frente parlamentar do móvel como existe a dos evangélicos, do agronegócio e até mesmo da chamada bancada da bala”, enfatiza.

 

Segundo Lorandi, a conta dessa falta de representatividade chegou recentemente, quando o setor colchoeiro foi atingido diretamente por uma medida antidumping sobre o poliol, insumo essencial para a produção de espumas de poliuretano, utilizadas em colchões e estofados. “Essa tarifa vai vigorar por cinco anos. Foi uma decisão do governo tomada sem justificativa razoável, porque, na prática, serviu apenas aos interesses de uma multinacional que atua no Brasil”, observa.

 

O apresentador prossegue: “Ora, isso poderia ser evitado se o setor tivesse uma bancada em Brasília. Ou, pelo menos, teria sido debatido com mais transparência. Sem voz que defenda diretamente os interesses moveleiros, sequer sabemos quantas outras decisões já foram tomadas, silenciosamente, contra o setor.

 

E por que não temos representação política? Por que não elegemos deputados e senadores oriundos do setor? Porque as entidades de classe até agora não assumiram a missão de apoiar e viabilizar candidatos comprometidos com a causa moveleira. A justificativa tem sido que outras bancadas parlamentares podem ser instadas a defender o setor. Mas convenhamos: quem não conhece a realidade do setor, quem não vive a rotina dos fornecedores e dos fabricantes de móveis, jamais terá a força de uma bancada própria”.

 

Entrevista

 

A edição de número 80 do 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi traz uma entrevista com Roberto Daniel, especialista em gestão industrial, sobre Indústria 4.0. Este assunto foi tratado na edição de agosto da revista Móveis de Valor, com ampla pesquisa feita pelo jornalista Caetano Guimarães. 

 

Na entrevista, Roberto Daniel é convidado a desmistificar a ideia de que implantar os conceitos da Indústria 4.0 nas empresas moveleiras custa muito caro.

 

leia: Trump cuida das empresas dos EUA. E de nossas indústrias, quem cuida?

 

NOTÍCIAS

 

Mais um antidumping para o governo chamar de seu

 

Agora, o setor colchoeiro enfrenta um novo desafio: a aplicação de direitos antidumping definitivos, com validade de cinco anos, sobre fibras sintéticas de poliéster importado da China, Índia, Tailândia e Vietnã. As tarifas, que variam de US$ 74 a US$ 390 por tonelada, atingem diretamente o insumo essencial na produção de tecidos, mantas e forros para colchões.

 

A investigação antidumping sobre o poliéster, iniciada pela SECEX em março de 2024, resultou na aplicação de tarifas a importações de cinco países asiáticos, conforme Resolução publicada no Diário Oficial dia 01 de setembro.

 

Móveis estão entre os itens mais procurados da Black Friday

 

Embora ainda falte quase 90 dias para a Black Friday 2025, um levantamento da Bertholdo, empresa especializada em Digital Commerce, apresenta um panorama das categorias mais buscadas na Black Friday, indicando percentuais aproximados de preferência:

 

 

  • Eletrônicos: 11,6% (queda de 3,6%)
  • Telefonia: 9,9% (queda de 12,6%)
  • Ar e Ventilação: 6,5% (crescimento expressivo de 62,3%)
  • Móveis: subiu de 4,8 para 5,5% (aumento de 15,8%)
  • Eletroportáteis: 3,4% (queda de 4,1%)

 

O que tem de mais importante nesta previsão é saber que móveis estão na intenção de compras na Black Friday e, principalmente, o fato de que houve crescimento de quase 16% em relação a edição anterior.

 

Clique no player acima para assistir edição de número 80 do 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra.

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